2025

1 de janeiro de 2025

Janeiro ainda é mês de inventário, de auto reflexão e de auto avaliação. Cria um bom ano, sendo todos os dias a melhor versão de ti própria e observa-te em tudo o que ainda não aprendeste mas tens agora oportunidade de fazê-lo.

Mais ou menos aperaltados, mais ou menos alcoolizados, celebramos a mudança de ano civil. À meia-noite havia doze desejos em mente, doze passas na mão, uma garrafa de champanhe para abrir e fogos de artifício em todo o mundo. Há agora resoluções e força de vontade reforçada para aquilo que queremos fazer diferente, mas habitualmente de pouca duração. É que não há energia a apoia-las, não agora, que o momento pede recolha e introspecção.

O ano energético não começa hoje, mas sim na primavera. Hoje começa apenas o novo ciclo contabilístico e inicia-se a fase de inventário e fecho de contas para apuramento dos impostos devidos por quanto dinheiro se ganhou e gastou de janeiro a dezembro de 2024. Tomemos então a metáfora e a energia capricorniana para fazer essa auditoria interna a quem fomos neste ano civil e colocarmo-nos em dia com o saldo, sabendo que 2025 trará tudo aquilo que nos ajuda a aprender e crescer como seres humanos, que não tiver sido aprendido e pago até aqui.

O que aprendeste com o que viveste em 2024? O que percebeste com a tristeza, o medo e a raiva que sentiste? Continuas a olhar para as feridas e a lamentar certas experiências, certas dores e a querer esquecê-las, desejando que não se repitam em 2025? Continuas a ter pena de ti própria e de quem sofre? Continuas agarrada a crenças limitadoras, à necessidade de controlo e de ter razão, ou a repetir o que todos fazem, ignorando a tua criatividade?

E o que ganhaste com tudo aquilo que perdeste? O que sentiste que te foi tirado injustamente, ou sem estares preparada?

Terá sido compaixão, paciência, leveza, desapego, maturidade? Terá sido um castigo, ou antes um teste? Uma prova de superação apresentada em cada etapa do caminho que tens vindo a fazer.

Como avalias a tua prestação nessa prova? Observas-te derrotada pelas circunstâncias da vida, ou uma vencedora de medalha ao peito? Desististe de continuar quando os obstáculos pareciam intransponíveis, porque tinhas o direito de sofrer e que tivessem pena de ti, quando a revolta e o medo foram demasiado fortes, ou usaste todas as forças do teu coração para te ergueres e seguires em frente, apesar do medo e da desilusão? Vulnerabilizaste-te, desabafaste, fizeste terapia, pediste ajuda e confiaste em alguém nos momentos difíceis? Ou fechaste-te e puseste uma máscara de perfeição?

Fizeste-te presente para a vida, para estar ao lado e abraçar, apoiar e alegrar-te por aqueles que te acompanham, ou deixaste-te vencer pela preguiça, pelo egoísmo e pela autosabotagem? Pelas desculpas de sempre, pela vitimização e manipulação? Cuidaste do teu corpo e da tua saúde, ou compensaste a falta de auto estima com açúcar e tralha?

Mantiveste a integridade, a coragem de assumir o teu lugar no mundo, de fazer ouvir a tua voz, a tua verdade, a tua consciência e os teus direitos, sem medo de desagradar e perder o afeto de alguém; ou traíste-te para ser aceite, agiste como uma criança mimada procurando aliados que resolvessem os teus problemas e frustrações?

Dedicaste tempo para contemplar a natureza, partilhar, meditar, agradecer tudo o que tens, és e já viveste? Ou não houve tempo, porque havia sempre uma indignação, uma chatice, uma obrigação social e uma guerra a travar? Ou uma oportunidade de dissociação.

Observaste-te a sentir gatilhos emocionais, a reagir, a ruminar, a julgar, a vacilar? Percebeste o que ainda há a cuidar na criança ferida aí dentro?

Como impactaste outros seres? Quantos sorrisos se abriram? Quanto alívio, aconchego, inspiração e alegria chegou através de ti?

Consegues distinguir as decisões que tomaste com a mente daquelas que tomaste com o coração? Consegues perceber o que cada instante te mostrou acerca de ti, acerca do que os outros espelham que ainda não tinhas visto? Que não passam de mensageiros da tua própria alma?

Janeiro ainda é mês de inventário, de auto reflexão e de auto avaliação. Cria um bom ano, sendo todos os dias a melhor versão de ti própria e observa-te em tudo o que ainda não aprendeste mas tens agora oportunidade de fazê-lo.

Em tudo o que consegues ver de bom naquilo que julgaste mau, superaste a prova. Nós nunca curamos feridas, aceitamo-las e elas é que nos curam, regeneram e recriam, tornando-nos mais inteiros. Em todas as que se abriram e através da dor te abençoaram com uma nova pele e um novo movimento, deste a ti própria uma medalha de ouro.

E é com essas medalhas que vais entrar em 2025. Não a pensar em desejos enquanto mastigas passas e a fazer esforços para cumprir resoluções forçadas, para te martirizares em alcançar aquilo para o qual ainda não estás preparada. A vida trará as provas certas e, quando sentires medo, não te esqueças de que elas estão cá porque estás pronta para as superares e receberes mais uma medalha.

Mais, ou menos. Tu escolhes como te preparas e como te apresentas ao novo ano. Não com brilho de lantejoulas, mas sim com aquele que vem de dentro e se vê nos olhos. Com o brilho das medalhas de ouro que trazes ao peito, no coração. Medalhas de fé, de amor, de aceitação, de autoridade, de poder pessoal, de generosidade, de integridade, de liberdade… de tudo aquilo que decidiste conquistar até aqui e já conseguiste.

Escrevi como auto reflexão, mas como em 2024 aprendi que absolutamente nada do que me acontece é sobre mim, ou para mim, mas sim através de mim, partilho a mensagem.

Até já, em 2025! ✨✨✨✨


Sandra Viana

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