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Tudo o que eu quero
Artistas Portuguesas de 1900 a 2020
A partir do dia 2 de junho e até 23 de agosto, duas centenas de obras de 40 artistas portuguesas produzidas entre o início do século XX e os nossos dias reúnem-se numa grande exposição.
Nomes de referência como Maria Helena Vieira da Silva, Lourdes Castro, Paula Rego, Ana Vieira, Salette Tavares, Helena Almeida, Joana Vasconcelos, Maria José Oliveira, Fernanda Fragateiro, Sónia Almeida e Grada Kilomba, entre muitas outras, estão representadas nesta mostra com pintura, escultura, desenho, objeto, livro, instalação, filme e vídeo, oferecendo ao público uma imagem ampla dos seus respetivos universos artísticos.
O icónico autorretrato de Aurélia de Souza, pintado em 1900, é o ponto de partida para uma reflexão sobre um contexto de criação que durante séculos foi quase exclusivamente masculino.
Autorretrato 1900 (Aurélia de Sousa) e A Casa 1979 (Helena Almeida) / Copyright MNSR/DGPC/ADF/Manuel Palma
A exposição segue um conjunto de eixos que revelam uma vontade de afirmação das artistas perante os sistemas de consagração dominantes: o olhar, o corpo (o seu corpo, o corpo dos outros, o corpo político), o espaço e o modo como o ocupam (a casa, a natureza, o atelier), a forma como cruzam fronteiras disciplinares (a pintura e a escultura, mas também o vídeo, a performance, o som) ou a determinação com que avançam na utopia de uma construção transformadora, de si mesmas e daquilo que as rodeia.
O título da mostra, Tudo o que eu quero — Artistas portuguesas de 1900 a 2020, inspira-se em Lou Andreas-Salomé, autora que desenvolveu uma das mais notáveis reflexões sobre o lugar das mulheres no espaço social, intelectual, sexual e amoroso dos últimos séculos, situando, assim, as artistas selecionadas no espírito de subtileza, de afirmação e de poder. Contra todos os obstáculos, estas artistas de várias gerações e diferentes sensibilidades conquistaram o seu lugar, pela força da qualidade das suas propostas. Celebrar esta conquista exige resistir à abordagem ilustrativa que uma representação genérica (mulheres artistas) e nacional (portuguesas) sugere. Mas obriga também a que não esqueçamos que, em pleno século XXI, nada está consolidado no que à igualdade de género diz respeito, que estas obras são instâncias de um longo esforço coletivo pelo direito à existência artística plena.
Aqui na LOBA mal podemos esperar para poder ver as obras de algumas das nossas artistas portuguesas favoritas, com particular interesse pelo trabalho de Helena Almeida, de quem somos confessos admiradores.
DATA
02 jun – 23 ago 2021
Encerra à Terça-feira
LOCAL
Edifício Sede – Galeria PrincipalAv. de Berna, 45A, Lisboa
Lotação máxima: 50 visitantes
Museu Calouste Gulbenkian – Galeria de Exposições TemporáriasLotação máxima: 25 visitantes
- Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço
- Fonte: gulbenkian.pt/agenda
A Fundação Calouste Gulbenkian conta com um museu, que alberga a coleção particular do Fundador e uma coleção de arte moderna e contemporânea; uma orquestra e um coro; uma biblioteca de arte e arquivo; um instituto de investigação científica; e um jardim, que é um espaço central da cidade de Lisboa, onde decorrem também as atividades educativas.
Junto a tudo isto, mais propriamente no nº78 da Rua Marquês de Sá da Bandeira, com vista para o jardim da Fundação (o nosso jardim favorito de Lisboa), fica o mais recente imóvel da Seleção LOBA. Um apartamento de charme em prédio integralmente remodelado em 2009, com elevador e lugares de estacionamento.
A sala, virada a nascente, está dividida em duas áreas (zona de estar e zona de refeições).
Ao lado fica a cozinha equipada e com zona de lavandaria e acesso às escadas de serviço.
A poente, fica a suite e o quarto.
Os acabamentos são intemporais e refletem a harmonia entre o estilo clássico e o moderno.
A luminosidade natural e a belíssima paisagem arborizada trazem o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian para dentro de casa.
Para descobrir se esta casa é tudo o que quer, espreite em www.loba.house/6 e marque a sua visita. Quem sabe se a sua decisão de compra não será tomada mesmo em frente, num agradável passeio pelos jardins da Fundação.
Fotografia: Bernardo d'Alte
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